Para mim, justiça sempre foi um conceito difícil para entender. Isso porque sempre aprendia sobre justiça ao mesmo tempo em que aprendia sobre amor. Também, há o fator diferença entre a justiça do homem e a justiça de Deus. Isso porque só Deus conhece o coração dos homens. Como poderíamos comparar a nossa justiça com a Dele?
Há horas em que me pego tentando descobrir onde começa o amor e termina a justiça, pois ainda não consigo compreender completamente como Deus consegue demonstrar Seu amor e Sua justiça ao mesmo tempo.
Escutei hoje um sermão do Paul Washer falando sobre o sacrifício que Deus providenciou. Estou convicta de que não compreendo o tamanho da beleza, da magnificência, da perfeição do sacrifício de Jesus. Washer falou para o povo (e eu parafraseio): “Tenho uma notícia ruim para vocês... Deus é bom.” E eles, claro, questionaram isso: “Mas isso não é notícia ruim. Ficamos muito felizes que Deus é bom!” Mas Washer retrucou: “Sim, Deus é bom. Mas vocês são ruins. Como um Deus bondoso aceitaria alguém ruim como você? Se Adão e Eva pecaram uma vez e já mancharam toda a criação e seus descendentes, quanto mais você que não consegue viver sem errar aqui e acolá?”
E ainda há gente que acha que vai pro Céu porque se considera bom o suficiente...
É o conhecimento e aceitação humilde do sacrifício de Jesus, da Sua pessoa, de quem realmente Ele é, que nos liberta.
Deus nunca deixa e nunca deixou de ser justo nem de amar. Por isso, o sacrifício de Jesus foi muito além de qualquer coisa que possamos imaginar. Às vezes temos a impressão de que, de alguma forma, o amor de Deus diminuiu a força da Sua ira e da Sua justiça. Gostamos de exaltar essa qualidade divina acima da outra. Mas não... Jesus sofreu tudo, a ira completa de Deus. Por nós. Deus poupou a nós, porque não poupou a Jesus. Não houve um pingo de misericórdia para com Ele. Ele sofreu tudo por todos... Por mim.
Como você pode se negar a Jesus depois de descobrir isso na tua vida? Como eu posso deixar de desejá-Lo acima de tudo, depois de compreender isso?
Meu anseio (apesar de imperfeito e às vezes fraco) é entender cada dia mais o tamanho do amor, da justiça e da sabedoria de Cristo, porque isso transformará a minha vida. Tenho percebido isso... Quando me comparo agora àquela que sentava no banco da igreja um ano atrás... que mudança, que misericórdia da parte de Deus! Mesmo que as mudanças demorem a chegar, sei que estou mudando pouco a pouco. Meus erros, meus pecados, passados, presentes e futuros, todos foram pagos pelo meu Salvador... Como Paul Washer disse... Minha vida acabou. Não é mais a minha... e sim, de Jesus.
Amo quando leio C. S. Lewis:
Nosso Senhor considera nossos desejos não muito fortes, mas muito fracos, isto sim. Somos criaturas sem entusiasmo, brincando feito bobos com bebida, sexo e ambições, quando o que se nos oferece é a alegria infinita. Agimos como uma criança sem noção, que prefere continuar fazendo bolinhos de lama num cortiço porque não consegue imaginar o que significa a oferta de um feriado na praia. Nós nos contentamos muito facilmente.”
Escutem as duas palestras do Paul Washer: The Depth of the Gospel, Part 1 & 2 (2 Corinthians 5:21). Está em inglês, mas se esforçar para entender vale a pena o sacrifício. Afinal...
...Pouco a pouco, cada dia,
Pouco a pouco, enquanto me guia.
Cristo transforma-me! (Transforma-me!)
Desde que a meia-volta eu dei,
Cresço na graça do meu rei.
Cristo transforma-me.
Transforma-me, querido Cristo,
Já não sou mais o que eu antes fui.
E, vendo a mudança, tenho a confiança
Que um dia perfeito eu serei.
Cristo transforma-me! (Transforma-me!)
Desde que a meia-volta eu dei,
Cresço na graça do meu rei.
Cristo transforma-me.
Transforma-me, querido Cristo,
Já não sou mais o que eu antes fui.
E, vendo a mudança, tenho a confiança
Que um dia perfeito eu serei.
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